Profissão: prazer ou rotina?

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Profissão: prazer ou rotina?

Moacyr Castellani – Publicado em: Hoje Em Dia

Está se tornando comum a presença constante de ansiedade e stress no cotidiano, principalmente nas grandes metrópoles. A competitividade, a sedução pelo consumo de bens muitas vezes supérfluos e a pressão pela ascensão profissional são algumas das causas deste estado de tensão e insatisfação nos tempos modernos. A ” luta pela sobrevivência ” faz com que o indivíduo corra contra o tempo para não ser esmagado pela dor da derrota e pelas críticas alheias.

Mas, de certa forma, esta corrida sem fim nem início faz com que ele próprio atropele suas reais chances de sucesso e realização. É incrível, mas várias carreiras são arruinadas pelos seus próprios protagonistas. A ambição cega e sem sentido é que desenvolve a decadência do homem.

O ser humano moderno é pressionado em direção ao trabalho, mas não à formação profissional. Ele é pressionado a lutar para ganhar dinheiro, não para sentir-se realizado. Somos induzidos a entrar para o ” mercado de trabalho “, antes mesmo de estarmos preparados para definir o caminho a seguir.

Ora, formação profissional é algo mais amplo do que a simples aprendizagem acadêmica ou treinamento prático específico. Quer dizer também o amadurecimento e o desenvolvimento de uma série de habilidades inatas ao indivíduo. O verdadeiro desenvolvimento profissional depende basicamente de um detalhe óbvio, muitas vezes esquecido ou meramente desprezado: vocação.

Relembrando Greg Bogart, Ph.D., vocação seria não somente as habilidades e potenciais inerentes do indivíduo, mas acima de tudo um chamado, um caminho, uma obra a completar, o centro de uma narrativa que a pessoa constrói para dar sentido à sua própria existência. Isto é essencial para nossa própria identidade, fundamental para a manutenção do equilíbrio entre ganho monetário e satisfação interior.

Seguir a vocação pessoal, de uma maneira mais simples, é trabalhar no que a gente gosta, é utilizar e usufruir de nossos dons e potenciais para realizar um trabalho com significado e senso de realização.

Quando fazemos o que gostamos, preenchemos tarefas com amor e dedicação, os resultados são positivos. Somos criativos, obtemos satisfação e reconhecimento. Aliás, o resultado óbvio para quem segue sua vocação é o reconhecimento, tanto prático quanto financeiro. O resultado direto de um trabalho feito com amor são resultados excelentes, produtos ou serviços de real valor. Uma retribuição financeira proveitosa é a conseqüência clara de um trabalho realizado com alegria.

Não estou dizendo que seguir a própria vocação é uma tarefa fácil de se realizar, que trará dinheiro, satisfação e estabilidade da noite para o dia. Gostaria de relembrar apenas o seguinte: ao invés de lutar somente pelo emprego, que tal acreditar em nossos potenciais, investir em nós mesmos – autoconhecimento, Mentoria, Coaching Online / Presencial ? Que tal procurar não apenas uma tarefa, mas um modo de vida, uma atividade que traga realização ? Que tal unir trabalho e prazer ? Iremos nos surpreender com os resultados .